“Seu silêncio não vai te proteger”: a escrita forasteira de Audre Lorde

“Seu silêncio não vai te proteger”: a escrita forasteira de Audre Lorde

Autores

Palavras-chave:

Escrita de si, Poesia, Audre Lorde, Raiva, Diáspora

Resumo

Propõe se aqui pensar a escrita da feminista negra, poeta, militante e lésbica Audre Lorde (2019), bem como a noção de escrita em Glória Anzaldúa (1980) e ao mesmo tempo tensionar essa escrita autorizada, branca, eurocentrada e legitimada numa sociedade patriarcal e lesbofóbica. A forasteira traz a poesia, a diáspora e a raiva como máquinas de guerra contra toda forma de opressão e emancipação do povo preto, pois segundo ela, é preciso transformar o silêncio em linguagem e em ação, uma vez que o silêncio não vai nos proteger.

Biografia do Autor

Paulo Petronílio, Universidade de Brasília

Sou BIXA PRETA DA ENCRUZILHADA e MACUMBEIRO-DECOLONIAL. FILHO DE OXOSSE antes de ser Professor Associado II de Filosofia da Educação na UnB/FUP. Pós Doutor em Teoria e Crítica Literária (2020) ,Pós Doutor em Performances Culturais (2017) Doutor pela UFRGS ( 2009). Mestre em Literatura Brasileira (UFSC), Mestre em Educação (UFSC). Graduado em Letras pela PUC/GO, Graduado em Filosofia pela UFSC. Atua no Programa de Pós Graduação em Literatura (UnB) PosLIT, na Linha de Pesquisa: Representação na Literatura Contemporânea e atua também no PPGPPIJ. É autor dos livros "Performances na encruzilhada: estética e aprendizagem no candomblé" e "Corpo, Estética, Diferença e ouras performances nômades", publicou "Pedagogia Trágica: um pensar humano demasiado humano na Educação" e "Gilles Deleuze e as dobras do sertão" e outros. Organizou o livro "Performances da Cultura : ensaios e diálogos". Organizou recentemente o livro ESCRITURAS PRETAS DE [R]EXISTENCIAS: NARRATIVAS, REBELDIAS E VIDAS TEIMOSAS e organizou também pela editora Verona o livro DESOBEDIÊNCIAS DA CRÍTICA NAS ENCRUZILHADAS LITERÁRIAS. Tenho experiência em representação da diferença nas filosofias pós estruturalistas e nômades,de autores como Foucault, Deleuze-Guattari, experimentando conceitos como diferença, processo de subjetivação, rizomas, dobras e outros nomadismos. Atualmente tenho buscado enegrecer a Literatura e a Filosofia, estudando a Literatura preta, a Literatura-terreiro, afro-diaspórica na encruzilhada literária com o feminismo negro, a bixa preta, transviada e os principais marcadores sociais da Diferença: gênero, raça, classe, na interface com a performance, a performatividade de gênero, o entre lugar, a teoria queer, a interseccionalidade, o racismo estrutural e epistêmico, o lugar de fala na narrativa literária e sua representação nas vidas: nas fronteiras, nas margens e subalternas, onde gênero e raça são os principais variáveis. Trabalho com autores da diáspora: Achille Mbembe, Frantz Fanon, Stuart Hall, Paul Gilroy, Vou do Feminismo hegemônico ao Feminismo negro: De Butler e Paul Preciado a Grada Kilomba, Audre Lorde, Bell Hooks, Patrícia Hill Collins, Ângela Davis, Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Sueli Carneiro, Luiza Bairros, Spivak e outras, numa linguagem decolonial e pós estruturalista. Desse modo, percorro o nada familiar, o que embaralha, o que vai na contra corrente da representação clássica, o contra hegemônico, o que provoca o desconforto, o estranho, o nômade, o devir, o caótico, o abjeto, o que não é e nunca será, o mal dito, o malvisto e outras encruzilhadas que ainda estão por vir. EMAIL : ppetronilio@uol.com.br ou petrot@unb.br ou (62)996186363

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Publicado

2023-12-30

Como Citar

Petronílio, P. . (2023). “Seu silêncio não vai te proteger”: a escrita forasteira de Audre Lorde. LETRAS EM REVISTA, 14(02). Recuperado de https://letrasemrevista.uespi.br/index.php/inicio/article/view/44
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